A C O R D E S


Técnica Pura significa que você não tem partitura na sua frente.

O olhar está dirigido para as mãos e a atenção sempre no físico.

Você vai pensar em um monte de coisa simultaneamente:

O número do dedo,
O nome do acorde,
A passagem do polegar,
As teclas que irá apertar,
O cuidado com a sonoridade…

Então faça lentamente para não desviar a concentração por causa da velocidade.

Paciência é a alma do estudo.



Oscar Beringer foi um destacado pianista nascido em Baden, na Alemanha, em 1844.

Em 1849, seu pai foi obrigado a voar para a Inglaterra como refugiado político, onde viveu em circunstâncias precárias. Por conta disso, a única educação musical que Beringer recebeu, até os 19 anos, foi de uma irmã mais velha.

Durante os anos de 1859 e 1860, deu várias séries de recitais de piano no Crystal Palace, no Hyde Park, em Londres, e em 1861 fez sua primeira aparição no Saturday Concerts, série de famosos concertos realizados ali.

Reconhecendo a necessidade de um treinamento sistemático, Beringer estudou em Leipzig com Moscheles, Richter, Reinecke e Plaidy, entre outros. De 1864 a 1866, continuou seus estudos, desta vez em Berlim, com Tausig, Ehlert e Weitzmann, todos destacados pianistas e professores de sua época.

Em 1869, foi nomeado professor da “Tausig’s ‘Schule des Höheren Clavierspiels”, em Berlim, mas voltou à Inglaterra dois anos depois, onde repetidamente tocou com grande sucesso no Crystal Palace Saturday Concerts e na Musical Union.

Em janeiro de 1872, Beringer se apresentou no Gewandhaus Concerts, em Leipzig. Em seu retorno à Inglaterra, no ano seguinte, fundou em Londres, a “Academy for the Higher Development of Pianoforte Playing” (Academia para o Desenvolvimento Superior da Execução Pianística), uma instituição que confirmou plenamente a promessa de seu nome.

Em 14 de outubro de 1882, tocou o segundo concerto para piano de Brahms em sua primeira apresentação na Inglaterra.

Além do famoso método que leva seu nome, Beringer deixou outras composições incluindo um Andante e Allegro para piano e orquestra (apresentado, em 1880, no Saturday Concerts e no Mr. Cowen’s Orchestral Concerts), Sonatinas para piano e várias canções.



Um acorde é formado pela tríade e a repetição da oitava, ou seja, teremos 4 notas.

Beringer tem um ótimo exercício para treinamento de acordes.

A DIGITAÇÃO é fundamental e a mesma será usada em qualquer tom que se vá.

A sequência acima é um acorde maior, um acorde menor e a dominante, V grau, do próximo tom. O padrão se repetirá semitom acima de DÓ, ou seja, no tom de RÉb (DÓ#) reprisando os mesmos dedos.

Veja o exemplo abaixo:

ENARMONIA

Se escolhermos o acorde de Si dobrado bemól, veremos que será o V grau de Mi dobrado bemól que não existe pois ultrapassou os 7 acidentes necessários. e se você tocar o acorde (*) e olhar para as mãos verá que é o mesmo acorde de LÁ M e Lá é o V grau de RÉ M. O mesmo acontece com o acorde de baixo, em vez de DÓb (V de FÁb – excedeu os 7 acidentes), passaremos para SI M, V grau de Mi M.

DICA DO PADRÃO

Repare que do Maior para o menor, o dedo 2 m.d. desce semitom e na modulação o dedo 4 sobe semitom que aponta o nome do acorde – Láb.
Assim fica mais fácil de identificar o acorde que você está tocando.

Como música é uma linguagem própria, é uma ciência e como tal devemos ter consciência do que estamos tocando.
Como se diz: “Dar nome aos bois!”



Para massagear e adquirir maior independência e elasticidade dos dedos nos acordes básicos.

A repetição em duplas fará com que se habitue com a digitação.

Use também nas inversões.

Os grifos em vermelho é para a atenção na regra dos dedos entre os acordes Maiores, menores e modulatórios.



Aqui a combinação de tríades



Para o estudo de arpejo não basta só a posição fundamental. Temos que treinar também suas inversões.

Enfatizando novamente sobre manter a DIGITAÇÃO em acordes brancos. isto é, que começam em tecla branca.
Treine os arpejos em apenas uma oitava, para depois partir para 2 oitavas.
Repita cada compasso pelo menos três vezes!

Estude primeiramente a passagem do polegar e as duplas por onde ele vai passar e busque o toque mais ligado possível:

Esse exercício fortalece a mão ao se apoiar nas duplas além de se habituar com os intervalos de 3ª – dedos 2/3 e 4ª dedos 2/4.
Respeite a regra e toque o mais ligado possível. Verás que as mãos começam a se abrir, se espalmar, se tornam mais elásticas.

DICA:

Cada mão é uma mão.
Se seus dedos não são longos e você sente dificuldade ao passar o polegar por baixo da mão, solte o dedo 2m.d. e passe o polegar por baixo do dedo 3.



POLEGAR É O SEGREDO DE UMA BOA EXECUÇÃO

 

É o dedo mais pesado da mão.
Por isso ao estudar uma escala, o principal em primeiro lugar é conseguir uma execução plana, sem diferenciação de sonoridade.
Estritamente plana.
É aí que devemos perceber se o toque do polegar é mais sonoro do que os demais dedos.
Nos arpejos ocorre o mesmo.

ESTUDANDO NOS MOLDES DA BASE

Os grifos em vermelho são a visualização das duplas vistas acima.
Perceba que o ritmo ajuda o polegar e sentimos uma acentuação bem natural com o  balanço do binário composto – subdividido de 3 em 3.

NÃO SE ILUDA

Veja agora escrito em compasso quaternário.
Nessa escrita a rítmica não cai no polegar. Respeite o ritmo.
Cuidado com o polegar!
Ele cai sempre em tempo fraco.

O ideal neste exercício é iniciar leve e fazer um crescendo até a nota aguda do arpejo e voltar com um diminuendo até a nota grave.
O polegar não deve se sobressair!!!



A segurança na execução de um arpejo reside na observação das mãos e não da partitura.

Olhando as mãos é que podemos observar qual melhor movimento para a realização do arpejo e consequentemente nominar o teclado, isto é, pensar no nome dos acordes que estão sendo tocados. (M, m, modulação).

Saiba o acorde que está sendo usado no arpejo da sua música e parta para o trabalho do polegar.

 

 

No exemplo acima, só está sendo mostrado o polegar em apenas uma oitava, mas, claro que a ideia é fazer pelo menos 2 oitavas.

Primeiro estude bem uma posição e o estudo é repetir, repetir e repetir.
Depois passe para a 1ª inversão. Repita, repita e repita.
Faça o mesmo na 2ª inversão repetindo, repetindo e repetindo.


O MOVIMENTO DA MÃO SOBRE O POLEGARO polegar deverá ser hábil.Mas se observar observar atentamente, a mão se movimenta sobre o polegar!

É uma passagem que muitos não observam.

Observe o exemplo abaixo e mãos na massa!!!



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